Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
Nossa Senhora de Lourdes
Nossa Senhora de Lourdes é o nome usado para se
referir à aparição mariana que teria sido presenciada
por várias pessoas em ocasiões distintas, em torno de
Lourdes, França. Ocorreu no ano previsto por Nossa
Senhora em La Salette, França em 1846, doze anos
antes.
História
As aparições de Nossa Senhora de Lourdes começaram no
dia 11 de fevereiro de 1858, dizem que apareceu em
1274, quando Bernadette Soubirous, camponesa com 14
anos, foi questionada por sua mãe, pois afirmava ter
visto uma "dama" na gruta de Massabielle, cerca de uma
milha da cidade, enquanto ela estava recolhendo lenha
com a irmã e um amigo.[1] A "dama" também apareceu em
outras ocasiões para Bernadette até os dezessete anos.
Bernadette Soubirous foi canonizada como santa, por
suas visões da Virgem Maria. A primeira aparição da
"Senhora", relatada por Bernadette foi em 11 de
fevereiro. O Papa Pio IX autorizou o bispo local para
permitir a veneração da Virgem Maria em Lourdes, em
1862.
Em 11 de Fevereiro de 1858, Bernadette Soubirous foi
com a irmã Toinette e Jeanne Abadie para recolher um
pouco de lenha, a fim de vendê-la e poder comprar pão.
Quando ela tirou os sapatos e as meias para atravessar
a água, junto à das gruta de Massabielle, ela ouviu o
som de duas rajadas de vento, mas as árvores e
arbustos não se mexaram. Bernadette viu uma luz na
gruta e uma menina, tão pequena como ela, vestida de
branco, com uma faixa-azul presa em sua cintura com um
rosário em suas mãos em oração e rosas de ouro
amarelo, uma em cada pé. Bernadette tentou manter isso
em segredo, mas Toinette disse a mãe. Por essa razão
ela e sua irmã receberam castigo corporal pela sua
história.[2][3] Três dias depois, Bernadete voltou à
gruta com as outras duas meninas. Ela trouxe água
benta para utilizar na aparição, a fim testá-la e
saber se não "era maligna", porém a visão apenas
inclinou a cabeça com gratidão, quando a água foi dada
a ela.[4]
Em 18 de fevereiro, ela foi informada pela senhora
para retornar à gruta, durante um período de duas
semanas. A senhora teria dito: "Eu prometo fazer você
feliz não neste mundo, mas no próximo".[5] Após a
notícia se espalhar, as autoridades policiais e
municipais começaram a ter interesse. Bernadette foi
proibida pelos pais e o comissário de polícia Jacomet
para ir lá novamente, mas ela foi assim mesmo. No dia
24 de Fevereiro, a aparição pediu oração e penitência
pela conversão dos pecadores. No dia seguinte, a
aparição convidou Bernadette a cavar o chão e beber a
água da nascente que encontrou lá. Como a notícia se
espalhou, essa água, foi administrada em pacientes de
todos os tipos, e muitas curas milagrosas foram
noticiadas. Sete dessas curas foram confirmados como
desprovidas de qualquer explicação médica pelo
professor Verges, em 1860. A primeira pessoa com um
milagre certificado era uma mulher, cuja mão direita
tinha sido deformada em conseqüência de um acidente. O
governo vedou a Gruta e emitiu sanções mais duras para
alguém que tentasse chegar perto da área fora dos
limites. No processo, as aparições de Lourdes
tornaram-se uma questão nacional na França, resultando
na intervenção do imperador Napoleão III, com uma
ordem para reabrir a gruta em 4 de Outubro de 1858. A
Igreja decidiu ficar completamente longe da polêmica.
Bernadette, conhecendo as localidades bem, conseguiu
visitar a gruta à noite, mesmo quando vedada pelo
governo. Lá, em 25 de março, a aparição lhe disse: "Eu
sou a Imaculada Conceição" ("que soy era Immaculada
concepciou"). No domingo de Páscoa, 7 de abril, o
médico examinou Bernadette e observou que suas mãos
seguravam uma vela acesa e mesmo assim não possuiam
qualquer queimaduras.[6] Em 16 de Julho, Bernadette
foi pela última vez à Gruta e relatou que "Eu nunca a
tinha visto tão bonita antes".[6] A Igreja, diante de
perguntas de nível nacional, decidiu instituir uma
comissão de inquérito, em 17 de Novembro de 1858. Em
18 de Janeiro de 1860, o bispo local declarou que: "A
Virgem Maria apareceram de fato a Bernadette Soubirous".[6]
Estes eventos estabeleceram o culto mariano de
Lourdes, que, juntamente com Fátima, é um dos
santuários marianos mais freqüentados no mundo, ao
qual viajam anualmente entre 4 e 6 milhões de
peregrinos.
A veracidade das aparições de Lourdes não são um
artigo de fé para os católicos.[carece de fontes] Não
obstante todos os últimos Papas visitaram este local.
Bento XV, Pio XI e João XXIII foram quando ainda eram
bispos, Pio XII, como delegado papal. Ele também
declarou uma peregrinação a Lourdes em uma encíclica
na comemoração sobre o 100º aniversário das aparições,
completados em 1958. João Paulo II visitou Lourdes
três vezes e o Papa Bento XVI concluiu uma visita lá
em 15 de setembro de 2008 para comemorar o 150º
aniversário das aparições em 1858. |