Não confundir o site do Terço dos Homens :
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com o
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que é o mesmo
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Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos
Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
um dos fundadores do grupo.
Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos -
ouçam
84 ANOS DE GRAÇAS E
BÊNÇÃOS
no Brasil e no mundo
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A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade"
(1ª Tm. 3, 15), guarda fielmente a fé uma vez por todas
confiada aos santos (cf. Jd. 1, 3). É ela que conserva a
memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de
geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como
uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a
compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos
ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na
compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja
Católica)"
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45.
A Bíblia ou a Tradição? |
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Um argumento pouco bíblico
Os reformadores protestantes diziam que a Bíblia era a
única fonte das verdades da fé e que, para entender sua
mensagem, dever-se-ia tão somente ler as palavras do
texto. É o que se chama de "teoria protestante da
sola scriptura" ou, em português, "somente a
Bíblia". Segundo esta teoria, nenhuma autoridade
fora da Bíblia pode impor uma interpretação e nenhuma
instituição extra bíblica - por exemplo, a Igreja - foi
estabelecida por Jesus Cristo para fazer as vezes de
árbitra em caso de conflitos de interpretação.
Como bons herdeiros dos reformadores, as seitas
fundamentalistas trabalham sobre a base desta teoria e
não perdem oportunidade para demonstrar seu princípio
que, por outro lado, pareceria ser sua arma mais
poderosa, algo que eles aceitam como o fundamento
indiscutível dos seus pontos de vista.
Contudo, não existe coisa mais difícil no diálogo com os
fundamentalistas que fazê-los provar o porquê creem no
princípio do "somente a Bíblia", separada de
qualquer outra fonte de autoridade, e que está (a
Bíblia) seja suficiente nas questões de fé. A questão se
resume em saber qual o motivo que faz um fundamentalista
crer que a Bíblia seja um livro inspirado, já que é
óbvio que ela pode tornar-se regra de fé apenas no caso
de se comprovar sua inspiração e, também, sua
inerrância.
Claro que essa questão não preocupa por demais a maioria
dos cristãos e, certamente, são poucos os que tenham se
atentado para isto alguma vez. Em geral, se crê na
Bíblia porque é o livro aceito por todos os cristãos,
cuja autoridade não se discute, eis que ainda vivemos em
tempos em que os princípios cristãos têm influência na
cultura e no modo de vida da maioria das pessoas.
Um cristão humilde, que não daria a mínima credibilidade
para o Alcorão, pensaria duas vezes antes de falar mal
da Bíblia, já que está goza de certo prestígio, mesmo
quando não pudesse explicá-la ou entendê-la bem. Poderia
dizer-se que essa pessoa aceita a Bíblia como inspirada
- qualquer que seja seu entendimento quanto à inspiração
- por razões de tipo cultural, razões que, sem dúvida,
são de escasso ou nenhum valor, já que pelas mesmas
razões o Alcorão é tido por inspirado em países de
cultura muçulmana.
"Para Mim, é Motivo Suficiente"
Diga-se o mesmo perante quem sustenta que a família
pela qual veio ao mundo sempre considerou a Bíblia como
livro inspirado e "para mim, isso basta". Seria um bom
motivo somente para aquele que não pode fazer um
trabalho de reflexão sério (e não devemos nunca
desprezar uma fé simples, sustentada sobre fundamentos
bem mais débeis). Porém, seja como for, o mero costume
familiar ou local não pode estabelecer-se como base para
a crença na inspiração divina da Sagrada Escritura.
Alguns sectários dizem que a Bíblia é um livro inspirado
porque "é um livro que inspira". Porém, a palavra
"inspiração" é precisamente o que se quer provar
e observemos que há muitos escritos religiosos antigos
que certamente são muito mais "inspirativos" ou
"emotivos" do que muitos textos e até livros
inteiros do Antigo Testamento. Não é falta de respeito
afirmar que certas passagens dos escritos sagrados são
tão secos quanto as estatísticas militares... e algumas
partes da Bíblia (Antigo Testamento) são compostas
realmente por isso: estatísticas militares!
Por isso, concluímos que não é suficiente crer na
Sagrada Escritura por motivos culturais ou de costume,
nem tampouco por seus textos emotivos ou sua beleza
espiritual: há outros livros, alguns totalmente
mundanos, que ultrapassam em beleza poética muitas
passagens da Escritura.
Que Diz a Bíblia de Si Mesma?
E que dizer do que a própria Bíblia ensina sobre sua
inspiração? Notemos que são muito poucas as passagens
onde a própria Bíblia ensina sua inspiração - mesmo que
de modo indireto - e a maioria dos livros do Antigo e do
Novo Testamento não dizem absolutamente nada sobre sua
particular inspiração. De fato, nenhum autor dos livros
do Novo Testamento diz estar escrevendo sob o impulso do
Espírito Santo, exceto São João, ao escrever o
Apocalipse.
Ademais, ainda que cada livro da Bíblia começasse com a
frase: "Este livro é inspirado por Deus", semelhante
frase não provaria nada: o Alcorão diz ser inspirado,
assim como o Livro do Mórmon e vários livros de algumas
religiões orientais. Mais: os livros de Mary Baker Eddy
(a fundadora da Ciência Cristã) e de Ellen G. White
(fundadora do Adventismo do Sétimo Dia) se auto
proclamam inspirados. Pode-se concluir - com grande
senso comum - que o fato de um escrito atribuir a si
qualidades de inspiração divina não quer dizer que assim
o seja na realidade.
Ao dizer estes argumentos, muitos fundamentalistas
recuam e nos afirmam que "o Espírito Santo me diz
claramente que a Bíblia é inspirada", uma noção
bastante subjetiva - para se dizer o mínimo - muito
semelhante com aquela outra, tão comum entre os
sectários, de que "o Espírito Santo o guia para
interpretar as Escrituras". É, assim, que o autor
anônimo do artigo "Como posso compreender a Bíblia?", um
folheto distribuído pela organização evangélica "Radio
Bible Class", apresenta doze regras para o estudo da
Bíbali. A primeira é: "Busca a ajuda do Espírito
Santo. O Espírito Santo foi dado para iluminar as
Escrituras e fazê-las reviver para ti quando a estudas;
deixa Ele te guiar".
Se com esta regra se entende que qualquer pessoa que
pedir a Deus para o guiar na interpretação da Bíblia
receberá essa condução do alto - e neste sentido
entendem a maioria dos fundamentalistas - então o imenso
número de interpretações contrárias e contraditórias,
mesmo entre os próprios fundamentalistas, nos
apresentaria a preocupante sensação de que o Espírito
Santo não tem trabalhado direito...
Não Com Silogismos
Grande parte dos fundamentalistas não dizem
diretamente que o Espírito Santo lhes falou,
assegurando-lhes que a Bíblia é um livro inspirado. Ao
menos, não falam desse modo. Melhor, agem assim: ao ler
a Bíblia, o Espírito "os convencem" que essa é a
Palavra de Deus, recebem certa sensação interior de que
é uma palavra divina e ponto.
De qualquer modo que se veja, a postura fundamentalista
não resiste a um raciocínio sério. Conta-se nos dedos de
uma mão os fundamentalistas que num primeiro momento se
aproximaram da Bíblia como um livro "neutro" e, após sua
leitura, a reconheceram como inspirado, segundo um
raciocínio lógico. De fato, os fundamentalistas começam
pressupondo o fato da inspiração - tal como recebem
outras doutrinas das suas seitas - sem raciocinar sobre
elas e, então, encontram partes da Sagrada Escritura que
parecem fundamentar a inspiração, caindo assim num
círculo vicioso, confirmando com a Bíblia o que eles já
acreditavam de antemão.
A pessoa que quer refletir seriamente sobre o tema se
defraudará com a posição fundamentalista da inspiração
bíblica, percebendo que esta não possui uma base sólida
para manter tal teoria. A posição católica é a única
que, no final, pode dar uma resposta intelectualmente
satisfatória.
A maneira católica de raciocinar, para demonstrar que a
Bíblia é inspirada, é a seguinte: em um primeiro passo,
consideramos a Bíblia como qualquer outro livro
histórico, sem presumir que seja inspirado. Estudando o
texto bíblico com os instrumentos da ciência moderna,
chegamos à conclusão de que se trata de uma obra
confiável, de grande precisão histórica, sendo que
referida precisão ultrapassa em muito a de qualquer
outro texto histórico.
Um Texto Preciso
Frederic Kenyon, em "A História da Bíblia",
faz notar o seguinte: "para todas as obras da
antiguidade clássica, nos vemos obrigados a nos socorrer
de manuscritos redigidos muito depois do original. O
autor que leva vantagem neste sentido é Virgílio, visto
que o manuscrito mais antigo que dele possuímos foi
escrito 350 anos depois da sua morte. Para todas as
demais obras clássicas, o intervalo que existe entre a
data do escrito original e a do manuscrito mais antigo
que dele se conserva é muito maior: para Lívio, é de uns
500 anos; para Horácio, 900; para a maioria das obras de
Platão, 1300; para Eurípedes, 1600". Mesmo assim,
ninguém pode seriamente duvidar de que realmente
possuímos cópias fiéis das obras desses autores.
Não somente possuímos manuscritos bíblicos mais próximos
aos originais que os da antiguidade clássica, como
também possuímos um número muito maior que aqueles.
Alguns destes manuscritos são livros inteiros; outros
são fragmentos; outros, tão somente algumas palavras;
mas todos eles juntos somam milhares de manuscritos em
hebraico, grego, latim, copta, siríaco e outras línguas.
Tudo isso significa que possuímos um texto rigorosamente
fiel, que pode ser usado com toda confiança.
Tomado Historicamente
Em um segundo momento, dirigimos nossa atenção para
o que a Bíblia - considerada somente como um livro
histórico - nos ensina, particularmente no Novo
Testamento e nos Evangelhos. Examinemos o relato da vida
de Jesus, sua morte e sua ressurreição.
Usando o que nos transmitem os Evangelhos, o que lemos
em outros escritos extra bíblicos dos primeiros séculos
e o que nos ensina nossa própria natureza - e o que de
Deus podemos conhecer pela luz da razão - concluímos que
Jesus ou era o que dizia ser (Deus) ou era louco.
(Sabemos que não pode ter sido apenas um bom homem e ao
mesmo tempo não ser Deus, já que nenhum bom homem
poderia atribuir para si a divindade se realmente não
fosse Deus).
Também podemos negar que era um louco, não apenas pelo
que disse e ensinou - nenhum louco jamais falou como
ele, da mesma forma que nenhum homem sábio tampouco já
tenha falado assim... - mas ainda pelo que seus
discípulos fizeram após a sua morte. Uma fraude (o
túmulo supostamente vazio) poderia ter ocorrido, mas
ninguém daria a vida por uma fraude, ao menos por uma
fraude sem perspectiva de proveito. Logo, devemos
afirmar que Jesus verdadeiramente ressuscitou e,
portanto, era Deus como dizia ser e cumpriu o que
prometeu fazer.
Outra coisa que Ele disse que faria seria fundar a sua
Igreja; e tanto a Bíblia (ainda que tomada como simples
livro histórico e não como livro inspirado por Deus)
como outras fontes históricas antigas nos fazem saber
que Cristo estabeleceu uma Igreja com as características
que vemos hoje na Igreja Católica: papado, hierarquia,
sacerdócio, sacramentos, autoridade para ensinar e, como
consequência desta última, infalibilidade. A Igreja de
Cristo deveria gozar da infalibilidade de ensinamento se
fosse cumprir aquilo para o qual Cristo a fundou.
Tomando material meramente histórico, concluímos que
existe uma Igreja - a Igreja Católica - protegida pelo
Espírito Santo para que possa ensinar, sem erro, até o
fim dos tempos. Vejamos agora a última parte do
argumento.
Essa Igreja nos diz que a Bíblia é inspirada e podemos
confiar em seu ensino porque se trata de um ensinamento
autorizado, infalível. Só após sermos ensinados por uma
autoridade propriamente constituída por Deus para nos
transmitir as verdades necessárias para a nossa fé - tal
como a inspiração da Bíblia - só então é que podemos
usar as Escrituras como um livro inspirado.
Um Argumento em Espiral
Há que se notar que o nosso argumento não cai em um
círculo vicioso: não estamos baseando a inspiração da
Bíblia na infalibilidade da Igreja e a infalibilidade da
Igreja na palavra inspirada da Bíblia; isso seria
precisamente um círculo vicioso. O que temos feito se
chama "argumento em espiral": por um lado, argumentamos
sobre a confiabilidade da Bíblia como texto meramente
histórico; dali sabemos que Jesus fundou uma Igreja
infalível e só então tomamos a palavra dessa Igreja
infalível que nos ensina que a Palavra transmitida pela
Bíblia é uma Palavra inspirada, Palavra de Deus. Não se
trata de um círculo vicioso, já que a conclusão final (a
Bíblia é a Palavra de Deus) não é o enunciado do qual
partimos (a Bíblia é um livro historicamente confiável),
e este enunciado inicial não está baseado, em absoluto,
na conclusão final. O que demonstramos é que, se
excluirmos a Igreja, não teremos suficientes motivos
para afirmar que a Bíblia é a Palavra de Deus.
É certo que o que acabamos de discutir não é
precisamente o raciocínio que a gente habitualmente faz
ao se aproximar da Bíblia, mas é a única maneira
razoável de fazê-lo na hora em que se nos perguntam por
que cremos na Bíblia. Qualquer outro raciocínio é
insuficiente; talvez haja argumentos mais próximos da
gente sob o ponto de vista psicológico, porém, são
estritamente argumentos não convincentes. Na matemática
aceitamos "por fé" (não no sentido teológico do termo, é
claro) que dois mais dois é igual a quatro. É uma
verdade que nos parece evidente e satisfatória sem
maiores argumentos, mas para quem quiser fazer um curso
de matemática, deverá estudar um semestre inteiro
visando provar essa verdade tão "óbvia".
Razões Inadequadas
A questão aqui é a seguinte: os fundamentalistas têm
muita razão em crer que a Bíblia é um livro inspirado
por Deus, no entanto, suas razões para crer são
inadequadas, insuficientes, já que a aceitação da
inspiração divina das Escrituras pode se basear
satisfatoriamente apenas numa autoridade estabelecida
por Deus que nos assegure isso; e essa autoridade é a
Igreja.
E precisamente aqui encontramos um problema mais sério:
pode parecer a alguém que mesmo que eu creia na Bíblia
como Palavra de Deus, pouco importa o motivo dessa minha
crença; o importante seria aceitar a Bíblia como a
Palavra de Deus. Porém, o motivo pelo qual uma pessoa
crê na Bíblia afeta substancialmente a maneira de
interpretar a Bíblia. O fiel católico crê na Bíblia
porque a Igreja assim o ensina e essa mesma Igreja tem a
autoridade de interpretar o texto inspirado. Os
fundamentalistas, por sua vez, creem na Bíblia - mesmo
baseados em argumentos pouco convincentes - porém, não
aceitam nenhuma outra autoridade para interpretar o
texto bíblico a não ser os seus próprios pontos de
vista.
O cardeal Newman expressava isso em 1884, da seguinte
maneira: "certamente que se as revelações e
ensinamentos bíblicos do texto sagrado se dirigem a nós
de uma maneira pessoal e prática, se faz obrigatória a
presença formal, no meio de nós, de um juiz e expositor
autorizado dessas revelações e ensinamentos. É
antecedentemente irracional supor que um livro tão
complexo, tão pouco sistemático, em partes tão obscuro,
fruto de várias mentes tão distintas, lugares e épocas
diferentes, fosse nos dado do alto sem uma autoridade
interpretativa do mesmo, já que não podemos esperar que
interprete a si mesmo. O fato de que seja um livro
inspirado nos assegura a verdade do seu conteúdo, não a
interpretação do mesmo. Como pode o simples leitor
distinguir o que é didático e o que é histórico, o que é
fato real e o que é uma visão, o que é alegórico e o que
é literal, o que é um recurso idiomático e o que é
gramatical, o que se enuncia formalmente e o que ocorre
de passagem, quais são as obrigações que vigoram sempre
e quais vigoram em certas circunstâncias? Os três
últimos séculos têm provado, infelizmente, que em muitos
países tem prevalecido a interpretação particular das
Escrituras. O dom da inspiração divina das Escrituras
requer como complemento obrigatório o dom da
infalibilidade da sua interpretação".
As vantagens do raciocínio católico são duas: em
primeiro lugar, a inspiração é estritamente demonstrada,
não apenas "sentida". Segundo o fato principal
que pulsa atrás deste raciocínio - a existência de uma
Igreja infalível, que nos conduz pela mão a dar uma
resposta à pergunta do eunuco etíope (Atos 8, 31): como
saber se as interpretações do texto são mesmo as
corretas? A mesma Igreja que autentica a Bíblia, que
estabelece a sua inspiração, é a autoridade estabelecida
por Jesus Cristo para interpretar a Sua Palavra.
Autor: Catholic Answers
Fonte:
http://www.apologetica.org
Tradução: Carlos Martins Nabeto |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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