| 
                  Não confundir o site do Terço dos Homens : 
          
          www.tercodoshomens.com.br 
                  
                  com o  
          www.tercodoshomens.org.br
          que é o mesmo   
                   
          
          www.tercodoshomensmaerainha.org.br
 
 Este site apresenta, com exclusividade, o Terço dos 
    Homens rezado nas suas origens pelo primeiro tesoureiro,
 um dos fundadores do grupo.
                  Sr. Manoel Pedral, falecido à mais de 40 anos - 
                    ouçam
 
 81 ANOS DE GRAÇAS E 
              BÊNÇÃOS
                  no Brasil e no mundo
 
                    
                      |  |  
                      |  |  
                      | Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2018 |  
                      |  |  
                      | Fev. 6, 2018 - 11:00 
 «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o 
						amor de muitos» (Mt. 24, 12).
 
 Amados irmãos e irmãs!
 
 Mais uma vez vamos encontrarmo-nos com a Páscoa do 
						Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar 
						para ela, Deus na sua providência oferece-nos a 
						Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão»,[1] 
						que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o 
						coração e com toda a nossa vida.
 Com a presente mensagem desejo, neste ano também, ajudar 
						toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria 
						e verdade; faço-o deixando-me inspirar por esta 
						afirmação de Jesus, que aparece no Evangelho de Mateus:
						«porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o 
						amor de muitos» (24,12).
 Esta frase encontra-se no discurso sobre o fim dos 
						tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das 
						Oliveiras, precisamente onde terá início a Paixão do 
						Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, 
						Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a 
						situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos 
						crentes: à vista de fenômenos espaventosos, alguns 
						falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar 
						apagar-se nos corações o amor que é o centro de todo o 
						Evangelho.
 
 Os falsos profetas.
 
 Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas 
						que assumem os falsos profetas.
 Uns assemelham-se a «encantadores de serpentes», 
						ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para 
						escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. 
						Quantos filhos de Deus acabam encandeados pelas 
						adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde 
						com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem 
						fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na 
						realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses 
						mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si 
						mesmos e caem vítimas da solidão!
 Outros falsos profetas são aqueles «charlatães» 
						que oferecem soluções simples e imediatas para todas as 
						aflições, mas são remédios que se mostram completamente 
						ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio 
						da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis mas 
						desonestos! Quantos acabam enredados numa vida 
						completamente virtual, onde as relações parecem mais 
						simples e ágeis, mas depois se revelam dramaticamente 
						sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que 
						oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais 
						precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de 
						amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a 
						figura de pavões para, depois, nos precipitar no 
						ridículo; e do ridículo não se volta atrás. Não nos 
						admiremos! Desde sempre o demônio, que é «mentiroso e 
						pai da mentira» (Jo. 8, 44), apresenta o mal como 
						bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração 
						do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a 
						discernir, no seu coração, e a verificar se está 
						ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É 
						preciso aprender a não se deter no nível imediato, 
						superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um 
						rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa 
						verdadeiramente o nosso bem.
 
 Um coração frio.
 
 Na Divina Comédia, ao descrever o Inferno, Dante 
						Alighieri imagina o diabo sentado num trono de gelo;[2] 
						habita no gelo do amor sufocado. Interroguemo-nos então: 
						como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais 
						indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em 
						nós?
 O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do 
						dinheiro, «raiz de todos os males» (1a 
						Tm. 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, 
						consequentemente, de encontrar consolação n’Ele, 
						preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra 
						e dos Sacramentos.[3] Tudo isto se transforma em 
						violência que se abate sobre quantos são considerados 
						uma ameaça para as nossas «certezas»: o bebê 
						recém-nascido, o idoso doente, o hóspede de passagem, o 
						estrangeiro, mas também o próximo que não corresponde às 
						nossas expectativas.
 A própria criação é testemunha silenciosa deste 
						resfriamento do amor: a terra está envenenada por 
						resíduos lançados por negligência e por interesses; os 
						mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar 
						os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; 
						os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua 
						glória – são rasgados por máquinas que fazem chover 
						instrumentos de morte.
 E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na 
						Exortação apostólica Evangelii gaudium procurei 
						descrever os sinais mais evidentes desta falta de amor. 
						São eles a acedia egoísta, o pessimismo estéril, a 
						tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras 
						fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se 
						apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor 
						missionário.[4]
 
 Que fazer?
 
 Se porventura detectamos, no nosso íntimo e ao nosso 
						redor, os sinais acabados de descrever, saibamos que, a 
						par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, 
						nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tempo de 
						Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do 
						jejum.
 Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso 
						coração descobrir as mentiras secretas, com que nos 
						enganamos a nós mesmos,[5] para procurar finalmente a 
						consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a 
						vida.
 A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos 
						a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo 
						nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse 
						um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria 
						que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos 
						e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros 
						os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que 
						vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as 
						palavras exortativas de São Paulo aos Coríntios, quando 
						os convidava a tomar parte na coleta para a comunidade 
						de Jerusalém: «isto é o que vos convém» (2a 
						Cor. 8, 10). Isto vale de modo especial na Quaresma, 
						durante a qual muitos organismos recolhem coletas a 
						favor das Igrejas e populações em dificuldade. Mas como 
						gostaria também que no nosso relacionamento diário, 
						perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui 
						está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma 
						ocasião para tomar parte na Providência de Deus para com 
						os seus filhos; e, se hoje Ele se serve de mim para 
						ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também às 
						minhas necessidades, Ele que nunca se deixa vencer em 
						generosidade?[6]
 Por fim, o jejum tira força à nossa violência, 
						desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de 
						crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que 
						sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, 
						provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, 
						expressa a condição do nosso espírito, faminto de 
						bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, 
						torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a 
						vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa 
						fome.
 Gostaria que a minha voz ultrapassasse as fronteiras da 
						Igreja Católica, alcançando a todos vós, homens e 
						mulheres de boa vontade, abertos à escuta de Deus. Se 
						vos aflige, como a nós, a difusão da iniquidade no 
						mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e 
						a ação, se vedes esmorecer o sentido da humanidade 
						comum, uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar 
						juntos e, juntamente conosco, dar o que puderdes para 
						ajudar os irmãos!
 
 O fogo da Páscoa.
 
 Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender 
						com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no 
						jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em 
						muitos corações o amor, este não se apaga no coração de 
						Deus! Ele dá-nos sempre novas ocasiões para podermos 
						recomeçar a amar.
 Ocasião propícia será, também neste ano, a iniciativa 
						«24 horas para o Senhor», que convida a celebrar o 
						sacramento da Reconciliação num contexto de adoração 
						eucarística. Em 2018, ela terá lugar nos dias 9 e 10 de 
						março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando-se 
						nestas palavras do Salmo 130: «em Ti, encontramos o 
						perdão» (v. 4). Em cada diocese, pelo menos uma 
						igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, 
						oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão 
						sacramental.
 Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de 
						acender o círio pascal: a luz, tirada do «lume novo», 
						pouco a pouco eliminará a escuridão e iluminará a 
						assembleia litúrgica. «A luz de Cristo, gloriosamente 
						ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do 
						espírito»,[7] para que todos possamos reviver a 
						experiência dos discípulos de Emaús: escutar a Palavra 
						do Senhor e alimentarmo-nos do Pão Eucarístico permitirá 
						que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança 
						e amor.
 
 Abençôo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais 
						de rezar por mim.
 
 Vaticano, 1 de novembro de 2017, Solenidade de Todos os 
						Santos.
 
 Papa Francisco
 
 [1] Missal Romano, I Domingo da Quaresma, Oração Coleta.
 [2] «Imperador do reino em dor tamanho / saía a meio 
						peito ao gelo baço» (Inferno XXXIV, 28-29).
 [3] «É curioso, mas muitas vezes temos medo da 
						consolação, medo de ser consolados. Aliás, sentimo-nos 
						mais seguros na tristeza e na desolação. Sabeis porquê? 
						Porque, na tristeza, quase nos sentimos protagonistas; 
						enquanto, na consolação, o protagonista é o Espírito 
						Santo» (Angelus, 7/XII/2014).
 [4] Cf. FRANCISCO, Exortação apostólica Evangelii 
						gaudium, 76-109.
 [5] Cf. BENTO XVI, Carta encíclica Spe salvi, 33.
 [6] Cf. PIO XII, Carta encíclica Fidei donum, III.
 [7] Missal Romano, Vigília Pascal, Lucernário.
 |  
                      |  |  
                    
                      | 
            
                       O Terço 
                      (Rosário) dos Homens não exige 
                      nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus 
                      participantes, o que faz  
                      com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao 
                      homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as 
                      transformações se sucederem de modo espontâneo 
            causado pelo contato que os mesmos passam a ter 
                      com 
            Deus por intercessão 
                      de Maria. |  |